Gripe na gravidez: como prevenir, remédios e mais!
Todos sabemos que uma mulher grávida não é uma mulher doente. No entanto, pelo simples fato de estar grávida, o risco de sofrer complicações por determinadas enfermidades é superior. Uma dessas enfermidades é a gripe, que já atingiu nossa população e por esse motivo, hoje vamos falar sobre a gripe na gravidez.
A gripe é uma enfermidade que incomoda bastante por alguns dias, mas depois vai sem deixar rastros. O problema é que não afeta toda a população da mesma forma, porque se é uma criança pequena, uma pessoa idosa ou uma mulher grávida, o risco de complicar as coisas é maior.
Possíveis complicações de uma gripe na gravidez
O maior risco para uma gestante ocorre no segundo e terceiro trimestre, que é quando ocorrem as complicações mais temidas da gripe. Colocando em números, o risco de uma gestante com gripe ir ao hospital por uma complicação é sete vezes maior do que o de uma mulher não grávida. Se a mulher também sofre de outras enfermidades, como asma, obesidade ou diabetes, o risco é ainda maior.
As complicações mais comuns são bronquite, pneumonia e outras enfermidades pulmonares. No que diz respeito ao bebê, se a mãe contrai gripe durante a gravidez, ele pode nascer prematuro ou com baixo peso. Por isso, é importante prevenir a gripe.
Sintomas da gripe na gravidez
Os sintomas que uma mulher grávida pode sofrer se contrair a gripe são os mesmos de uma pessoa adulta:
– Tosse
– Aumento da mucosidade (rinorreia)
– Febre de 37,5ºC ou mais
– Dor de garganta
– Perda de apetite
– Outros sintomas: dor nas costas, dor de cabeça, fadiga, vômito e diarréia.
Como prevenir a gripe na gravidez
Além das medidas lógicas, que incluem não ficar muito perto de pessoas resfriadas ou com gripe, lavar as mãos com freqüência e ficar em áreas bem ventiladas e longe das multidões, a prevenção através da vacina é essencial.
A vacina contra a gripe não costuma ter efeitos colaterais além daqueles típicos de qualquer vacina (febre, náusea, vômito, dores musculares…) e ajuda a evitar que uma mulher contraia a doença. Em caso de contágio, porque nenhuma vacina é 100% eficaz, o risco de complicações pela enfermidade diminui.
Além disso, a vacina também serve ao bebê, porque o protege desde o nascimento até o sexto mês de vida. Como os recém-nascidos, como já comentado, fazem parte do grupo populacional com maior risco de complicações, é um fato a levar em conta ao tomar a decisão de se vacinar.
Remédio para gripe na gravidez
Se infelizmente acontecer de uma mulher se contaminar com a gripe durante a gravidez deve saber que o único tratamento que pode ser administrado é um antiviral, sendo o mais recomendado o oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu.
No entanto, sua administração deve ser indicada por um médico, por isso, no caso de apresentar sintomas de gripe, o ideal é consultar um centro de saúde. Isto é ainda mais recomendável se a mulher notou dificuldade para respirar ou sensação de falta de ar, pois podem ser sintomas de que a gripe está complicando com alguma patologia mais grave.
Outras remédios como os típicos para tratar os sintomas da gripe e resfriado (não curam, apenas tratam os sintomas para que a enfermidade seja menos irritante) podem não ser seguros, porque contêm várias fármacos. Alguns dos componentes podem ser seguros, mas outros talvez não e é por isso que não se pode dizer que nenhum deles é totalmente confiável. Em geral é melhor evitá-los, especialmente nos primeiros 3-4 meses de gravidez.
Assim, o único remédio que poderia ser usado com relativa segurança é o paracetamol, útil para controlar a febre e para aliviar um pouco as várias dores que a gripe e a febre podem causar. Digo relativa segurança, pois seu consumo durante a gravidez tem sido associado com problemas respiratórios na infância, então, novamente, conheça os riscos antes de tomar qualquer coisa, o mais recomendável é consultar um médico para que ele possa indicar o mais apropriado e seguro, dependendo da gravidade da quadro.