Para que serve o cordão umbilical?
Durante o período de nove meses que dura uma gravidez, os pais estão conscientes de que este processo pode ser vital na vida de seu bebê. Uma das coisas que mais preocupa no momento do parto, é se a criança vai nascer com o cordão umbilical enrolado. Se isso acontecer seria um grande problema, a menos que sejam tomadas medidas a tempo. Saiba mais para que serve o cordão umbilical.
O que é o cordão umbilical?
Enquanto o feto está no útero da mãe, ele recebe substâncias nutritivas e por sua vez o oxigênio que necessita através da placenta, a qual está conectada a parede do útero. O bebê tem uma abertura no abdómen, por onde saí o cordão umbilical que o liga à placenta. Este mede cerca de 50cm e é formado a partir da quinta semana de gravidez. É constituído por duas artérias e uma veia. Tudo é cercado por uma fina camada gelatinosa chamada “geleia de Wharton”.
Toda a informação necessária para o bebê vem do útero, que se encontra no sangue e que são filtrados pela placenta mediante o cordão. O bebê depende dessa união para ter uma boa vida intrauterina.
O que acontece com o cordão umbilical após o parto?
Já no último estágio do parto, o cordão é cortado por um médico e muitas vezes é o pai que tem a honra e o privilégio de corta-lo. É um ato muita emoção para os pais da criança. É preciso ter muito cuidado com os restos deixados no umbigo, para isso precisa limpa-lo muito bem e muitas vezes, até que o cordão umbilical se desprenda o que geralmente acontece entre o terceiro e sexto dia de vida.
O cordão umbilical em si tem grandes propriedades genéticas, especialmente as células-tronco, que em muitos casos, oferecem a possibilidade de doa-las para tratar e curar doenças.
Vantagens das células-tronco
– Tem a propriedade de se tornar células especializadas.
– A sua preparação é simples e indolor. Não há nenhum tipo de risco nem para o bebê nem para a mãe.
– Essas células não contem vírus, porque são protegidas em toda a sua vida no útero da mãe.
O sangue obtido das células-tronco pode ser muito benéfico se transplantado em pessoas com doenças da medula óssea.
O que fazer com o cordão umbilical após o parto?
Após a gravidez e de ter dado a luz, o cordão e o sangue que foram acompanhando o feto durante a gravidez, são descartados apesar de toda a informação genética que eles carregam em si. Embora muitos pais não sabem que esta ligação entre o feto e a mãe é capaz de gerar milhares de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Estas células, se desejado, podem ser doadas para pacientes com leucemia e que não encontram um doador de medula óssea.
A taxa de sucesso deste tipo de transplante se situa cerca de 90%. Sua principal vantagem segundo pesquisadores e especialistas é que o sangue tem menos incompatibilidade entre doador e receptor, devido a pouca maturação imunológica dos linfócitos do sangue procedentes do coração, o que reduz as possibilidades de rejeição.
Antes do parto, é feito uma análise de rotina para descartar a presença de doenças de transmissão. Para isso, a mãe tem de deixar por escrito o consentimento para o teste após ter recebido todas as informações necessárias.
Depois do parto e da sessão do cordão umbilical, é feita uma punção enquanto a placenta ainda está no útero para recolher a maior quantidade de sangue possível. Após a placenta ser expelida é executada a mesma operação para recolher o sangue que foi aderido aos tecidos, os quais são enviados para o banco de sangue, onde são processados e armazenados. As células são congeladas a uma temperatura de 196 graus Celsius. Seis meses depois, é feita uma verificação para aprovar sua doação genética.
Quando acabar a gravidez e nascer o bebê, é hora de passar por um exame clínico no qual suas informações serão registradas em um arquivo, a fim de trabalhar com as células-tronco. O sangue do cordão umbilical será usado para qualquer paciente em qualquer lugar do mundo que precisar dele, com a única preferência de ser compatíveis.
O transplante é realizado graças à genética, que, através de uma transfusão é substituído pelas células danificadas do receptor. Os dados são confidenciais. Vale destacar que a doação é altruísta e que o mesmo sangue pode ser usado para investigar no caso de que este não pode ser utilizado para a doação.
- Onde fica toda informacao genetica de que o bebé necessita?